6 de set. de 2010

Be happy...

Tudo começou com a risada de uma criança. Enquanto andava pelo shooping, ví um garotinho brincando com a sua mãe, ele corria feliz e contente pelo corredor e quando a via, sou sorriso se transformava numa risada alta e espontânea.

Curioso ver  como as crianças não tem medo de expor seus sentimentos, se ela tem vontade chorar ela chora, se vê algo engraçado, ri despreocupadamente. Mas conforme vamos crescendo, aprendemos a esconder nossos sentimentos em público, mesmo quando te contam uma piada e você sente vontade de rir loucamente até cagar nas calças, você só faz isso se estiver entre amigos num lugar reservado, se estiver no meio do shopping por exemplo, você se segura para não ser escandaloso, pois há um conceito popular de que é "feio" fazer esse tipo de coisa.

Assim como quando estamos felizes, por qualquer motivo, se chegamos em nosso trabalho com um sorriso largo, sempre tem um zé ruela que pergunta: "Nossa, qual o motivo de tanta felicidade?". Isso me fez perceber o como nossas vidas estão invertidas. Depois que crescemos, é preciso ter um motivo para se estar feliz, quando na verdade já nascemos felizes, e passamos nossa infância inteira dessa forma. Uma criança só fica triste ou chateada, quando tem um motivo específico, fora isso, ela está sempre feliz, sem ter uma razão específica. Quando adulto, é o contrário, as pessoas em geral vivem o tempo todo preocupadas, aflitas ou tristes, e tem apenas alguns momentos pontuais de felicidade.

Joãosinho chega na escola com um sorriso no rosto: "Bom dia professora!!! =)" aí a mal amada, digo professora responde: "Bom dia por que?! Vou fazer da sua vida um inferno!!!!!!! Muaaaaaaa-ha-ha-ha!!!!" - risada maligna. 

No ínicio achei isso algo meio obvio, afinal de contas, uma criança não tem preocupação com nada, pois não tem que pagar contas no final do mês nem nada do tipo. Porém, lembrando da minha infância, e do pouco convívio que tive com algumas crianças corajosas o suficiente para estarem comigo rsrs, pude me lembrar que apesar de não ter a responsabilidade de trabalhar e pagar as contas, eu tinha a responsabilidade de ir para a escola, fazer lição, ou de ir para a casa de algum amigo brincar.

Ok! Ok! Eu sei que a princípio, uma coisa não tem nada a ver com a outra, afinal de contas quem não queria ter a responsabilidade de ir na casa de um amigo brincar, ao invés de ver a cara do seu chefe numa emenda de feriado onde todas as empresas fecharam menos a que você trabalha. - Lêrêêê lêrêê lêrêlêrêlêrê... - Mas se guardarmos as devidas proporções, para uma criança é de extrema importância ir a escola, e um verdadeiro porre fazer lição!!

Quem nunca ficou a semana inteira esperando pelo fim de semana para  dormir fora de casa a primeira vez. Até chegar o dia que sua mãe combinou com a mãe do seu amigo de você ir na casa dele, sua imaginação fica a mil, pensando em qual games vocês vão jogar, se vão ficar até tarde vendo filmes de terror ou coisas do tipo. Ou então quem nunca não xingou sua professora de feia, ou qualquer outro palavrão que você conhecia quando tinha 6 anos, só porque ela resolveu fazer um Ditado surpresa naquele dia. Por mais banal que pareça a um adulto, para uma criança, isso é um puta compromisso, e uma preocupação desgraçada que acarreta numa grande responsabilidade, afinal ela precisa arrumar suas coisas e pensar no que vai fazer quando durmir na casa do amiguinho, ou então lembrar se "Cachimbo" é com X ou CH.

Eu sei que esses exemplos foram meio forçados, por isso vou fazer uma comparação de uma situação que se repete mesmo depois que crescemos, as provas da faculdade ou escola. Por mais besta que pareça a prova de protuguês da primeira série, para uma criança que está nessa idade, é a coisa mais difícil do mundo, porque até uns meses atrás, ela tinha que apenas se preocupar em falar as palavras, agora ela tem que saber escrevê-las corretamente também. Mas nem por isso você vê uma criança pilhada de preocupação o mês inteiro para estudar e passar nessa prova. Já uma pessoa que está na faculdade quando entra em época de provas, é um nervo só. Eu lembro até hoje minha primeira prova de sistemas lógicos da faculdade. Eu estava parecendo um refugiado de Zyon como no filme Matrix, eu via algorítimos e binários em tudo, de tanta preocupação! Graças a Deus eu saí dessa área, senão a essas horas eu teria me transformado num nerd gordo fedorento e chato, fissurado em Star Wars, que quando seu assunto não é programação, só sabe conversar sobre "Poços e Dragões", além de se gabar por ter baixado a temporada toda de Lost e assistido inteira durante o feriado prolongado no seu computador com Linux enquanto os relez mortais, perderam seu tempo viajando.

Enfim, eu estou falando tudo isso, porque caí numa questão: Será então que deixamos de ser simplesmente felizes e tornamos pessoas chatas e despresíveis por conta da responsabilidade que angariamos no decorrer dos anos, ou por causa da preocupação que temos com as coisas? Na minha humilde opinião cabeluda, nenhum dos dois! Mas sim na forma como lidamos com esses dois caras, afinal de contas, como exemplificado antes, desde criança temos responsabilidades e preocupações, porém enquanto pirralhos ramelentos não ficamos agonisando desesperadamente por algo, ou demasiadamente estressado por uma situação a ponto de dar um bica em todos que nos cumprimentam... "Oi garotinho tudo bom?" KICK!!! "Ai minha canela seu pirralho lazarento!!!!!"

Pois é... tem tanta gente estressada por aí, que você dá bom dia e ela te responde com um Horiouken no meio do estômago e passa o dia inteiro no "meia lua pra frente e soco". Mas acredito que até mesmo essas pessoas, se pararem de viver nos problemas e preocupações, ainda tem futuro. Muita gente me fala que eu sou desencanado demais, principalmente o povo aqui de casa, esqueço de dar recados, coisas, comer, respirar, pagar contas etc... realmente eu sou assim mesmo, mas isso não quer dizer que eu seja irresponsável, só não fico me preocupando demais com tudo, afinal,  se eu ficar pensando o dia todo desesperado porque minha conta está negativa (algo recorrente), não vai fazer com que surja dinheiro do nada para deixá-la no azul. Deus NÃO vai fazer brotar dinheiro nela só pelo fato de ficar preocupado com isso o dia todo. Esse tipo de coisa só vai acontecer se eu trabalhar, então é o que eu faço, Deus pode até fazer um milagre de aparecer uma grana na conta numa hora extrema de aperto, mas na boa, não sou o Tom Hanks para viver "A espera de um milagre" ..............................................


Tá, esse trocadilho foi tosco, mas fiquem tranquilos que eu já estou acabando. As vezes eu consigo ser pior que o João Cleber e o Serginho Malandro juntos... É... Dessa vez eu apelei... Ok... Posso não saber fazer piadas mas não chego nem aos pés desses caras...

Mas para fechar esse post antes que eu fale mais alguma merda, eu acho que o "segredo da felicidade", está em você saber lidar com as situações que te acontecem de uma forma desencanada, e principalmente lembrar de que não precisa ter motivos específicos para se estar feliz, mas que uma razão precisa ser bem forte e convincente para tirar a sua felicidade, mesmo que por um momento.

5 comentários:

  1. Gostei do seu post, acho que tem muita razão em não se preocupar demais (:
    As pessoas acabam desperdiçando suas vidas por culpa de preocupações excessivas...
    Beijo ;*

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  2. É verdade!! Tem um música que esquecí de mensionar no Post, mas que tem muito a ver com o tema, Bobby McFerrin - Don't Worry Be Happy - http://migre.me/1bh4V

    bjoos

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  3. Nossaaaaaa..... ta inspirado hein... contianue assim
    bjus
    by Daiany

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  4. Verdade pura. PRÉocupação, não leva a nada, viva a cada dia com alegria...........DIA LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO PRA VC.............DEUS ABENÇOE............tonina

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  5. Nada como ver a vida com os olhos de criança...

    Juliana.

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Olá, aqui é o cabeludo, após o sinal deixe seu recado, que logo mais eu vou ler, prometo! rs