
Outro dia estava viajando, não fui muito longe, logo alí do lado, um lugar simples, sem muitas frescuras nem cerimônias. Aliás, simples é pouco quando se fala de um lugar que não tem nada, um imenso nada, um vazio que ao mesmo tempo não é solitário, você consegue sentir que tem algo lá.
Nesse lugar não há cores nem linhas, formas ou funções, simplesmente um lugar, as vezes com uma música de fundo só para dar um ambiente, alguma memória mesmo que distante, algo que me fazia sentir bem, sem gravidade, sem peso ou culpa. Fiquei alí, flutuando e olhando para algo quase ao meu alcance. Sem pensar em coisa alguma, mas em busca de alguma coisa, meu corpo estava leve, a respiração profunda e relaxada como de quem dorme em descanso tranquilo.
Sem perceber, aos poucos algumas cores apareceram junto ao branco, algo mais vivo e escuro, como o céu iluminado pelo luar. Uma tranquilidade sem tamanho me invadiu, uma paz, um sonido suave igual ao de uma fada com o dedo perante os lábios fazendo "Shiiii...."
Não sabia mais se eu estava lá ou se lá estava em mim, só sei que algo estava, pairava e flutuava. Uma viagem interna, pelo labirintos intermináveis de pulsações elétricas que acendem a vida em nosso corpo, um caminho conhecido por poucos mas apreciado por muitos que o descobrem, uma jornada solitária porém guiada pelo dom de não pensar em nada...
o que vc andou fumando?
ResponderExcluirhahahaha...do jeito que eu ando ultimamente, nem preciso disso, mas imagina se eu fumasse então... =P
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